terça-feira, 21 de junho de 2011

AVALIAÇÃO GLOBAL DE LÍNGUA PORTUGUESA - 3° ANO


PROVA DE LINGUA PORTUGUESA
NOME: ______________________________________ SÉRIE: 3º ano Nº _____
ESCOLA: EEM. FCO. HOLANDA MONTENEGRO PROFESSORA: SOCORRO BATISTA

Leia o poema e dê sua interpretação:
Versos íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O homem que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável!
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa indo pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Interprete o texto de acordo com sua compreensão:
1 – De que trata o texto?
  1. De uma profunda solidão
  2. De um desabafo de alguém sofrível
  3. De uma profunda aversão aos sentimentos humanos
  4. De um pessimista profundo
  5. De um profundo terror ao sentimento humano
2 – Quem escreveu o poema?
  1. Monteiro Lobato
  2. Euclides da Cunha
  3. Augusto dos Anjos
  4. Lima Barreto
  5. Graça Aranha
3 – Em quantos versos o poema está dividido?
  1. 5 quartetos e 5 tercetos
  2. 4 quartetos e 3 tercetos
  3. 2 quartetos e 2 tercetos
  4. 2 quartetos e 3 tercetos
  5. 3 quartetos 2 tercetos
4 – Em que sentido a palavra homem foi empregado?
  1. De um simples homem
  2. De uma fera enjaulada
  3. Caracteriza-se uma simples figura humana
  4. Um homem do povo
5 – Comente a seguinte frase “Mora, entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera”?
  1. O ser humano necessita brigar com os outros
  2. É somente uma frase pejorativa
  3. O eu do escritor demonstra uma raiva profunda na frase acima
  4. A frase demonstra que o homem necessita muitas vezes lutar suas próprias batalhas
  5. A linguagem coloquial do autor deixa bem claro que o homem é uma animal sociável
6 – Toma um fósforo. Acende teu cigarro! “O beijo, amigo, é a véspera do escarro, a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Que significado teve esses versos para o autor?
  1. Que o homem não é confiável
  2. Que a humanidade precisa ser rejeitada por seus sentimentos de humanidade
  3. Que necessitamos apedrejar o outro quando está errado
  4. A frase demonstra que o eu lírico do autor está sofrendo do mal do século.
  5. O autor quis mencionar que a mão que ajuda é a mesma que nos trai

As questões 7 e 8 referem-se ao poema.

A DANÇA E A ALMA

A DANÇA? Não é movimento,
súbito gesto musical.
É concentração, num momento,
da humana graça natural.
No solo não, no éter pairamos,
nele amaríamos ficar.
A dança – não vento nos ramos:
seiva, força, perene estar.
Um estar entre céu e chão,
novo domínio conquistado,
onde busque nossa paixão
libertar-se por todo lado...
Onde a alma possa descrever
suas mais divinas parábolas
sem fugir à forma do ser,
por sobre o mistério das fábulas.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 366.)

7 - A definição de dança, em linguagem de dicionário, que mais se aproxima do que está expresso no poema é

(A) a mais antiga das artes, servindo como elemento de comunicação e afirmação do homem em todos os momentos de sua existência.
(B) a forma de expressão corporal que ultrapassa os limites físicos, possibilitando ao homem a liberação de seu espírito.
(C) a manifestação do ser humano, formada por uma seqüência de gestos, passos e movimentos desconcertados.
(D) o conjunto organizado de movimentos do corpo, com ritmo determinado por instrumentos musicais, ruídos, cantos, emoções etc.
(E) o movimento diretamente ligado ao psiquismo do indivíduo e, por conseqüência, ao seu desenvolvimento intelectual e à sua cultura.

8 - O poema “A Dança e a Alma” é construído com base em contrastes, como “movimento” e concentração”. Em uma das estrofes, o termo que estabelece contraste com solo é:

(A) éter. (B) seiva. (C) chão. (D) paixão. (E) ser.

Leia com atenção o texto:

[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?)
(Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.)

9 - O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto
(A) ao vocabulário.
(B) à derivação.
(C) à pronúncia.
(D) ao gênero.
(E) à sintaxe.

Instruções: As questões de números 08 e 09 referem-se ao poema abaixo.
Epígrafe*
Murmúrio de água na clepsidra** gotejante,
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante***
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...
Homem, que fazes tu? Para que tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...
(Eugênio de Castro. Antologia pessoal da poesia portuguesa)

(*) Epígrafe: inscrição colocada no ponto mais alto; tema.
(**) Clepsidra: relógio de água.
(***) Pedra do quadrante: parte superior de um relógio de sol.

10 - A imagem contida em “lentas gotas de som” (verso 2) é retomada na segunda estrofe por meio da expressão:
(A) tanta ameaça.
(B) som de bronze.
(C) punhado de areia.
(D) sombra que passa.
(E) somente a Beleza.

11 - Neste poema, o que leva o poeta a questionar determinadas ações humanas (versos 6 e 7) é a
(A) infantilidade do ser humano.
(B) destruição da natureza.
(C) exaltação da violência.
(D) inutilidade do trabalho.
(E) brevidade da vida.

O boto e a Baía da Guanabara
Piraiaguara sentiu um grande orgulho de ser carioca. Se o Atobá Maroto tinha dado nome para as ilhas, ele e todos os outros botos eram muito mais importantes. Eles eram o símbolo daquele lugar privilegiado: a cidade do Rio de Janeiro.
A “mui leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”.
Piraiaguara fazia questão de lembrar do título, e também de toda a história da cidade e da Baía de Guanabara.
Os outros botos zombavam dele: Leal? Uma cidade que quase acabou conosco, que poluiu a baía? Heróica? Uma cidade que expulsou as baleias, destruiu os mangues e quase não nos deixou sardinhas para comer? Olha aí para o fundo e vê quanto cano e lixo essa cidade jogou aqui dentro!
Acorda do encantamento, Piraiaguara! O Rio de Janeiro e a Baía de Guanabara foram bonitos sim, mas isso foi há muito tempo. Não adianta ficar suspirando pela beleza do Morro do Castelo, ou pelas praias e pela mata que desapareceram. Olha que, se continuar sonhando acordado, você vai acabar sendo atropelado por um navio! O medo e a tristeza passavam por ele como um arrepio de dor. Talvez nenhum outro boto sentisse tanto a violência da destruição da Guanabara. Mas, certamente, ninguém conseguia enxergar tão bem as belezas daquele lugar.
Num instante, o arrepio passava, e a alegria brotava de novo em seu coração.
HETZEL, B. Piraiaguara. São Paulo: Ática, 2000. p. 16 – 20.

12 - Os outros botos zombavam de Piraiaguara, porque ele:
(A) conhecia muito bem a história do Rio de Janeiro.
(B) enxergava apenas o lado bonito do Rio de Janeiro.
(C) julgava os botos mais importantes do que os outros animais.
(D) sentia tristeza pela destruição da Baía da Guanabara.


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