domingo, 3 de abril de 2011

PRE MODERNISMO

PRÉ – MODERNISMO
Pré – Moderno (ou ainda estética impressionista[1]) foi um período literário brasileiro[2], que marca a transição entre o simbolismo e modernismo e o movimento modernista seguinte. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo [3].
O termo pré-modernismo parece haver sido criado por Tristão de Athayde, para designar os "escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e 1920", no dizer de Joaquim Francisco Coelho[4]
Índice
1 Contexto histórico
o 1.1 Outras manifestações artísticas
o 1.2 Ambiente literário e outras informações
• 2 Caracterização
o 2.1 Excerto
• 3 Autores e suas obras
• 4 Galeria
• 5 Bibliografia
• 6 Referências

Contexto histórico


Pontos de conflito no Brasil pré-modernista.
Para os autores, o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores éticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava, essencialmente pautado por uma série de conflitos como o fanatismo religioso do Padre Cícero e de Antônio Conselheiro e o cangaço, no Nordeste, as revoltas da Vacina e da Chibata, no Rio de Janeiro, as greves operárias em São Paulo e a Guerra do Contestado (na fronteira entre Paraná e Santa Catarina); além disso a política seguia marcadamente dirigida pela oligarquia rural, o nascimento da burguesia urbana, a industrialização, segregação dos negros pós-abolição, o surgimento do proletariado e: finalmente, a imigração europeia. [5]
Além desses fatos somam-se as lutas políticas constantes pelo coronelismo, e disputas provincianas como as existentes no Rio Grande do Sul entre maragatos e republicanos.[6]
Outras manifestações artísticas
A música assistiu, desde o lançamento da primeira gravação feita no país por Xisto Bahia, a uma penetração nas camadas mais elevadas de manifestações até então restritos às camadas mais populares – ritmos tais como o maxixe, toada, modinha e serenata. É o tempo em que a capital do país, então o Rio de Janeiro, assiste ao crescimento do carnaval, ao sucesso de compositores como Chiquinha Gonzaga e o nascimento do samba em sua versão recente. [5]
Na música erudita, o nome representativo foi o de Alberto Nepomuceno, de composições de “intenção nacionalista”. [5]
Na pintura, tendo como principal foco a Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, vigorava o academicismo, passando despercebida a exposição feita em 1913 pelo lituano Lasar Segall. Apenas em 1917 uma forte reação à exposição de Anita Malfatti expõe o confronto que redundaria na Semana de Arte Moderna de 1922. [5] (vide, mais abaixo, texto de Monteiro Lobato sobre essa exposição).
Ambiente literário e outras informações
Para além dos fatos circundantes, registra-se que ainda estão ativos autores parnasianos, como Olavo Bilac, Raimundo Correia e Francisca Júlia, e neo-parnasianos como Martins Fontes e Goulart de Andrade, dominando o cenário da Academia Brasileira de Letras. Além deles, longe da Academia, simbolistas como Emiliano Perneta e Pereira da Silva, convivem com os escritores pré-modernistas.[7]

Caracterização
Embora vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a forte individualidade de suas obras[3], mas essencialmente eram marcados por duas características comuns:
1. conservadorismo - traziam na sua estética os valores naturalistas;
2. renovação - demonstravam íntima relação com a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do período[5]
Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esses autores não avançaram o bastante para ser considerados modernos[3] - notando-se, até, alguns casos, resistência às novas estéticas.[5]
Excerto
Num artigo publicado em 1917, Monteiro Lobato reagiu assim à exposição de Anita Malfatti, no jornal O Estado de São Paulo:
"Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em consequência fazem arte pura. (...) A outra espécie é formada dos que vêem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos da decadência(...)"[5]
Autores e suas obras
Os principais pré-modernistas foram:
• Euclides da Cunha, com Os Sertões, onde aborda de forma jornalística a Guerra de Canudos; a obra, dividida em três partes (A Terra, O Homem e A Luta), procura retratar um dos maiores conflitos do Brasil.[5] O sertão baiano e pernambucano onde se deram as lutas, era um ambiente praticamente desconhecido dos grandes centros, e as lutas marcaram a vida nacional: o termo favela, que tornou-se comum depois, designava um arbusto típico da caatinga, e dava nome a um morro em Canudos[8].
• Graça Aranha, com Canaã, retrata a imigração alemã para o Brasil.Nesse livro tinha o constante conflito entre dois imigrantes Milkau e Lentz que discutiam se o dinheiro era mais importante do que o amor.[5]
• Lima Barreto, que faz uma crítica da sociedade urbana da época, com Triste Fim de Policarpo Quaresma e Recordações do Escrivão Isaías Caminha;[5] e O Homem Que Sabia Javanês
• Monteiro Lobato, com Urupês e Cidades Mortas, retrata o homem simples do campo numa região de decadência econômica;[5] Ele também foi um dos primeiros autores de literatura infantil, desse modo, transmitindo ao público infantil valores morais, conhecimentos do Brasil, tradições, nossa língua. Destáca-se no gênero conto. E foi, também, um dos escritores brasileiros de maiores prestígios.
• Valdomiro Silveira, com Os Caboclos, e Simões Lopes Neto, com Lendas do Sul e Contos Gauchescos, precursores do regionalismo, retratam a realidade do sul brasileiro.[5]
• Augusto dos Anjos que, segundo alguns autores, trazia elementos pré-modernos.[3], embora no aspecto linguístico tenda para o realismo-naturalismo, em seus Eu e Outras Poesias[7]
• Outros autores:
o Figuram como escritores desse período, embora guardem no estilo mais elementos das escolas precedentes, autores como Afonso Arinos, Alcides Maya e Coelho Neto[9]. Este último, ao lado de Afrânio Peixoto, tendia a uma visão da literatura como simples ornato social e cultural. Raul de Leoni pode ser, também, tido como pré-modernista, mas o seu Luz Mediterrânea tende ao Simbolismo.[7]
Bibliografia
• BOSI, Alfredo. A Literatura Brasileira: vol. V - O Pré-Modernismo, 4ª ed., São Paulo: Cultrix, 1973.
Referências
1. ↑ MATTOS, Geraldo, Teoria e Prática de Língua e Literatura, vol. 3, FTD, São Paulo, s/d
2. ↑ E-Dicionário de literatura, página pesquisada em 4 de abril de 2008
3. ↑ a b c d Análise, sítio pesquisado em 21 de março de 2008.
4. ↑ COELHO, Joaquim Francisco. Manuel Bandeira pré-modernista, Instituto Nacional do Livro, 1982
5. ↑ a b c d e f g h i j k l FARACO, Carlos e MOURA, Francisco. Língua e Literatura, volume 3, Ática, São Paulo, 2ª ed., 1983
6. ↑ Literatura, Terra, Pré-modernismo - origens. Página consultada em 5 de abril de 2008
7. ↑ a b c ESCHER, xota no pau véio esta foi uma obra no qual marcou o pré-modernismo porem ser muito pornográfica , Língua e Literatura, vol. 3, Ática, São Paulo, 1979
8. ↑ CUNHA, Euclides da. Os Sertões
9. ↑ Literatura, Terra, Pré-modernismo - outros autores. Página pesquisada em 5 de abril de 2008.

Contextualização histórica (final do séc. XIX e início séc. XX)
1. Europa vivia a primeira guerra Mundial
2. Brasil
a. Política do café-com-leite – SP (barões do Café) MG (grandes pecuaristas)
b. Alternância do poder político
c. Proletariado
d. Negros marginalizados
e. Imigrantes * Grandes latifundiários
f. Nordestinos pobres "Senhores do gado e café"
g. Região norte – Progresso e Riqueza * Ciclo da Borracha (Amazônia)
h. Conflitos Sociais
i. Revolução Federalista
j. Revolta da Chibata (RJ)
k. Revolta da Armada (RJ)
l. Revolta contra a obrigatoriedade da vacina (Varíola)
m. Canudos – BA – Antonio Conselheiro – Jagunço
n. Cangaço – Nordeste – Lampião e seu bando – e Pe. Cícero
Aspectos caracterizadores da pré – Modernismo
1. Corrente conservadora – Permanência de artista (poetas e escritores), realistas, naturalistas, parnasianos e simbolistas, ainda em pleno vigor.
2. Corrente inovadora – na ordem artística com um trabalho voltado para a análise do pais – "Retrato do Brasil", como mostra os aspectos abaixo:
a. Interesse na análise da realidade brasileira da sua época
b. Incorporação na literatura, das tensões sociais do período (virada do século)
c. Regionalismo critico – diferente do regionalismo idealizador do romantismo;
d. Tom de denuncia – "retrato do Brasil das contradições"
e. Utilização de uma linguagem simples, próximo do coloquial;
f. Literatura X Realidade histórico contemporâneo, como observa-se:
- Incorporação de fatos ocorridos no governo de floriano Peixoto. Denuncia da burocracia, racismo e preconceitos sociais, em "triste fim e Policarpo Quaresma" e "Clara dos anjos", obras de Lima Barreto;
- Narrativa documental da guerra de Canudos na Bahia, em "Os Sertões" obra grandiosa de Euclides da cunha.
- Os problemas de fixação dos imigrantes em solo Brasileiro. Analisados em "Canaã" de graça Aranha.
- A decadência econômica dos vilarejos e da população cabocla do "Vale do Paraíba" (SP), ocorrida durante a crise do café em "Urupés".
- Analises dos desequilíbrios sociais nos contos de Valdomiro (Silveira "Os Caboclos" e Simões Lores Neto "Contos Guachenses").
Autores e Obras
a. Lima Barreto (1881-1922) SP
"Recordações do escrivão Ísaias Caminha"
"Triste fim de Policarpo Quaresma" Romances
"Numa e Ninfa"
"Morte e Vida de M.J. Gonzaga de Sá"
"Bruzundanga" } Sátira
"Historia e Sonhos" } Contos
b. Euclides da Cunha (1866 –1909) Rio de Janeiro
"Os Sertões"
"Peru Versus Bolívia"
"Contrastes e Confrontos"
"A margem da história"
"Histórias do sitio do pica-pau amarelo"
Obra Infantil
c. Graça Aranha
"Canaã" Romance
"Malazarte"
d. Augusto dos Anjos (1884 – 1914) Paraíba

"Eu" (poesia) – único obra publicada em vida 1912
Características:
a. Herança naturalista (teorias cientificas / Antropologia, Sociologia, etc.)
b. Crise de identidade e aspectos deprimentes da vida expressos em toda sua obra
c. Ceticismo amorosos
d. Angustia existencial
e. Vocabulário cientifico, /exótico, irônico
f. Fixação pela morte (poesia gótica) e pela putrefação da carne devorada por vermes

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo, 20 de abril de 1884 — Leopoldina, 12 de novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas.
É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários.
Índice
• 1 Biografia
o 1.1 Curiosidades biográficas
• 2 Obra poética
o 2.1 Crítica literária
 2.1.1 Abordagem biográfica
 2.1.2 Abordagem psicanalítica
 2.1.3 Abordagem bloomiana
 2.1.4 Unanimidades
o 2.2 Curiosidades da obra literária
• 3 Academia Paraibana de Letras
o 3.1 Bibliográficas
• 4 Referências
• 5 Ligações externas

Biografia
Um dos maiores biógrafos de Augusto dos Anjos é outro conterrâneo seu, o médico paraibano Humberto Nóbrega, trazendo à tona A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos[1] uma das críticas mais relevantes às contribuições à investigação científica sobre o EU[2] por meio de sua obra de longo fôlego[3], publicada em 1962, pela editora da primeira Universidade Federal da Paraíba, na qual o biógrafo Humberto Nóbrega foi também Reitor.
Augusto dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, atualmente no município de Sapé, Estado da Paraíba. Foi educado nas primeiras letras pelo pai e estudou no Liceu Paraibano, onde viria a ser professor em 1908. Precoce poeta brasileiro, compôs os primeiros versos aos sete anos de idade.
Em 1903, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1907. Em 1910 casa-se com Ester Fialho. Seu contato com a leitura, influenciaria muito na construção de sua dialética poética e visão de mundo.
Com a obra de Herbert Spencer, teria aprendido a incapacidade de se conhecer a essência das coisas e compreendido a evolução da natureza e da humanidade. De Ernst Haeckel, teria absorvido o conceito da monera como princípio da vida, e de que a morte e a vida são um puro fato químico. Arthur Schopenhauer o teria inspirado a perceber que o aniquilamento da vontade própria seria a única saída para o ser humano. E da Bíblia Sagrada ao qual, também, não contestava sua essência espiritualística, usando-a para contrapor, de forma poeticamente agressiva, os pensamentos remanescentes, em principal os ideais iluministas/materialistas que, endeusando-se, se emergiam na sua época.
Essa filosofia, fora do contexto europeu em que nascera, para Augusto dos Anjos seria a demonstração da realidade que via ao seu redor, com a crise de um modo de produção pré-materialista, proprietários falindo e ex-escravos na miséria. O mundo seria representado por ele, então, como repleto dessa tragédia, cada ser vivenciando-a no nascimento e na morte.
Dedicou-se ao magistério, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde foi professor em vários estabelecimentos de ensino. Faleceu em 12 de novembro de 1914, às 4 horas da madrugada, aos 30 anos, em Leopoldina, Minas Gerais, onde era diretor de um grupo escolar. A causa de sua morte foi a pneumonia.
Durante sua vida, publicou vários poemas em periódicos, o primeiro, Saudade, em 1900. Em 1912, publicou seu livro único de poemas, Eu. Após sua morte, seu amigo Órris Soares organizaria uma edição chamada Eu e Outras Poesias, incluindo poemas até então não publicados pelo autor.
Curiosidades biográficas
• Um personagem constante em seus poemas é um pé de tamarindo que ainda hoje existe no Engenho Pau d'Arco.
• Seu amigo Órris Soares contou que Augusto dos Anjos costumava compor "de cabeça", enquanto gesticulava e pronunciava os versos de forma excêntrica, e só depois transcrevia o poema para o papel.
• De acordo com Eudes Barros, quando morava no Rio de Janeiro com a irmã, Augusto dos Anjos costumava compor no quintal da casa, em voz alta, o que fazia sua irmã pensar que era doido.
• Embora tenha morrido de pneumonia, tornou-se conhecida a história de que Augusto dos Anjos morreu de tuberculose, talvez porque esta doença seja bastante mencionada em seus poemas.
Obra poética
A poesia brasileira estava dominada por simbolismo e parnasianismo, dos quais o poeta paraibano herdou algumas características formais, mas não de conteúdo. A incapacidade do homem de expressar sua essência através da "língua paralítica" (Anjos, p. 204) e a tentativa de usar o verso para expressar da forma mais crua a realidade seriam sua apropriação do trabalho exaustivo com o verso feito pelo poeta parnasiano. A erudição usada apenas para repetir o modelo formal clássico é rompida por Augusto dos Anjos, que se preocupa em utilizar a forma clássica com um conteúdo que a subverte, através de uma tensão que repudia e é atraída pela ciência.
A obra de Augusto dos Anjos pode ser dividida, não com rigor, em três fases, a primeira sendo muito influenciada pelo simbolismo e sem a originalidade que marcaria as posteriores. A essa fase pertencem Saudade e Versos Íntimos. A segunda possui o caráter de sua visão de mundo peculiar. Um exemplo dessa fase é o soneto Psicologia de um Vencido. A última corresponde à sua produção mais complexa e madura, que inclui Ao Luar.
Sua poesia chocou a muitos, principalmente aos poetas parnasianos, mas hoje é um dos poetas brasileiros que mais foram reeditados. Sua popularidade se deveu principalmente ao sucesso entre as camadas populares brasileiras e à divulgação feita pelos modernistas.
Hoje em dia diversas editoras brasileiras publicam edições de Eu e Outras Poesias.
Crítica literária
Que ninguem doma um coração de poeta![4] é um ensaio sobre o soneto “Vencedor” e o EU que constata um Augusto dos Anjos convicto em instaurar uma nova civilização brasileira que assombrará o mundo por meio dum novo estatuto à palavra feia e federonta arrombando as portas à nova poética do Cosmos. Assim Augusto dos Anjos reivindica um novo Cosmos a Deus, pois está inconformado e quer salvar a humanidade, encarnando também um novo Cristo por acreditar piamente que ele não morreu, pois em carne, osso e sangue vive na Serra da Borborema, lá na Velha Paraíba onde nasceu.
A poética[5] EU de Augusto dos Anjos, assentada em bases sólidas do verossímil e da unidade clássica do filósofo Aristóteles, necessita de risco, fazer o que tem de ser feito, no seu projeto fracassado dum novo Cosmos que ressuscita à vida duma nova Roma instaurada noutra nova civilização brasileira frente ao velho mundo.
Trata-se duma poética da transgressão que se dá à janela livre da globalização ao unir os povos numa só nação chamada Brasil, por estar à frente de seu tempo e na vanguarda cultural da unidade das nações também à luz da pluralidade [6], de Paul Feyerabend.
Nem é à toa que no livro A poética carnavalizada de augusto dos anjos[7] o crítico constate como em todo o EU e no soneto “Vencedor” há um poeta atormentado em instaurar uma nova civilização brasileira que assombrará o mundo por meio de seu novo estatuto dado à palavra feia e federonta como a cloaca que alimenta à hiena, animal desvairado que ainda assim sorrir. Palavra esdrúxula e excêntrica essa que arromba as portas da unidade clássica à literatura universal por meio de sua poética da pluralidade, da transgressão, ordinária e inclassificável.
A festa da carne é resultado da Recepção e transgressão: o público de Augusto dos Anjos[8] outra pesquisa científica desenvolvida por meio de Engenharia da Informação na mídia e na net dando acesso a aproximados 10.064.090 milhões de registros e referências crítico-literárias só no Google, dentre outros levantados pelo pesquisador e autor da página eletrônica sob a URL http://montgomeryvasconcelos.zip.net nos quais a poesia e a prosa do poeta paraibano apresentam a face negra de Brasil, o signo da corrupção, divulgando críticas como A poética carnavalizada de augusto dos anjos. A ideia de conjunto da obra angelina o EU é essa festa da carne, entre outras poéticas da intersemiose na semiótica da literatura e nas artes, que são desenvolvidas também na Fundação Científica Reis de Leão e das Astúrias, hospedada na página eletrônica sob a URL http://fucirla.spaces.live.com, em São Paulo-SP.
A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos é a festa da carne, o carnaval, apresentando-se com a mesma sinonímia triádica da sátira menipéia, que Bakhtin, em seu livro Problemas da poética de Dostoiévski, resgata lá nas manifestações carnavalescas da antiguidade grega por meio de Menipo de Gadare, seu criador que lhe dá nome.
Nem é à toa também que o poeta de EU, Augusto dos Anjos, explore em sua poética expressões tétricas como "Evangelho da podridão", "verme", "matéria em decomposição", “cloaca”, "escarro", “miseria”, “grito”, “horrenda”, “alegre” e "sangue". Todavia tudo junto e misturado às palavras alegres da literatura carnavalizada, que vai abrindo a cena inaugural da miséria nacional por meio dum estranho circo de horrores. É como se criasse assim nessa poética uma metalinguagem cinematográfica sobre o corpo devorado por seus próprios vermes. E o faz por meio duma escritura em plena festa da carne, o carnaval.
Enfim, a sátira menipéia manifesta-se pois também nessa poética aristotélica de EU. Mas ao mesmo tempo é uma poética da transgressão, uma autêntica e original "coroação destronamento"[9]. Trata-se de polifonia, dialogismo e discurso social confluindo na categoria explorada por Bakhtin em sua tríade filológica: "primeira peculiaridade", "segunda peculiaridade" e "terceira peculiaridade", equidistantes à tríade semiótica de Peirce: primeiridade, secundidade, terceiridade, que se vão corresponder também com a tríade de Lacan: real, simbólico, imaginário.
A poética EU do maior poeta paraibano do século XX, Augusto dos Anjos, é o grito desesperado pra salvar a humanidade por meio de seu projeto fracassado, na promessa de ressurreição tal como sucedeu com Jesus Cristo, vencendo a morte da estética e a instaurando numa cena inaugural doutra nova e gigantesca civilização brasileira que assombrará o mundo.
Se o artista na pintura do quadro Banho Turco faz a reprodução da carne, o poeta Augusto dos Anjos propaga sua apologia da carne, a partir de EU e do soneto "Vencedor", conforme constata o ensaio crítico Que ninguem doma um coração de poeta![10] Augusto dos Anjos, na sua poética da transgressão, instaura a festa da carne, a subversão, a constatação da miséria da natureza humana: espírito e corpo, da matéria; as virtudes sociais humanas, a moral cristã, a política, a cultura, a economia, a saúde, a sociologia, a antropologia e a ética, são questionadas, à luz das teorias científicas vigentes na época desse poeta à frente de seu tempo. É como se Augusto dos Anjos abrisse a cena inaugural de sua poética do Cosmos por meio de estranha epifania, com o propósito imperioso de salvar a humanidade numa nova Roma instaurada noutra civilização brasileira que assombrará o mundo.
Sua linguagem orgânica, muitas vezes cientificista e agressivamente crua, mas sempre com ritmados jogos de palavras, ideias, e rimas geniais, causava repulsa na crítica e no grande público da época. Ele somente apresentou grande vendagem anos após a sua morte.
Muitas divergências há entre os críticos de Augusto dos Anjos quanto à apreciação de sua obra e suas posições são geralmente extremas. De qualquer forma, seja por ácidas críticas destrutivas, seja através de entusiasmos exaltados de sua obra poética, Augusto dos Anjos está longe de se passar despercebido na literatura brasileira.
Abordagem biográfica
O aspecto melancólico da sua poesia, que a marca profundamente, é interpretado de diversas maneiras. Uma vertente de críticos, na qual se inclui Ferreira Gullar, fundamenta a melancolia da obra na biografia do homem Augusto dos Anjos. Para Gullar, as condições de nossa cultura dependente dificultam uma expressão literária como a de Augusto dos Anjos, em que se rompe com a imitação extemporânea da literatura europeia. Essa ruptura de Augusto dos Anjos ter-se-ia dado menos por uma crítica à literatura do que por uma visão existencial, fruto de sua experiência pessoal e temperamento, que tentou expressar na forma de poesia. A poesia de Augusto dos Anjos é caracterizada por Gullar como apresentando aspectos da poesia moderna: vocabulário prosaico misturado a termos poéticos e científicos; demonstração dos sentimentos e dos fenômenos não através de signos abstratos, mas de objetos e ações cotidianas; a adjetivação e situações inusitadas, que transmitem uma sensação de perplexidade. Ele compara a miscigenação de vocabulário popular com termos eruditos do poeta ao mesmo uso que faz Graciliano Ramos. Descreve ainda os recursos estilísticos pelos quais Augusto dos Anjos tematiza a morte, que é personagem central de sua poesia, e o compara a João Cabral de Melo Neto, para quem a morte é apresentada de forma crua e natural.
Abordagem psicanalítica
Outros, Como Chico Viana, procuram explicar a melancolia através dos conceitos psicanalíticos. Para Sigmund Freud, a melancolia é um sentimento parecido com o luto, mas se caracteriza pelo desconhecimento do melancólico a respeito do objeto perdido. A origem da melancolia da poesia de Augusto dos Anjos estaria, para alguns críticos, em reflexões de influências politica com os problemas de sua família, e num conflito edipiano de sua infância.
Abordagem bloomiana
Há ainda aqueles que tentam analisar a poesia de Augusto dos Anjos baseada em sua criatividade como artista, de acordo com o conceito da melancolia da criatividade do crítico literário norte-americano Harold Bloom. O artista seria plenamente consciente de sua capacidade como poeta e de seu potencial para realizar uma grande obra, manifestando, assim, o fenômeno da "maldição do tardio". Sua melancolia viria da dificuldade de superar os "mestres" e realizar algo novo. Sandra Erickson publicou um livro sobre a melancolia da criatividade na obra de Augusto dos Anjos, no qual chama especial atenção para a natureza sublime da poética do poeta e sua genial apropriação da tradição ocidental. Segundo a autora, o soneto é a égide do poeta e, munido dele, Augusto dos Anjos consegue se inserir entre os grandes da tradição ocidental.
Unanimidades
De forma geral, no entanto, sua poesia é reconhecidamente original. Para Álvaro Lins e para Carlos Burlamaqui Kopke, sua singularidade está ligada à solidão, que também caracteriza sua angústia. Eudes Barros, em seu livro A Poesia de Augusto dos Anjos: uma Análise de Psicologia e Estilo, nota o uso inusitado dos adjetivos por Augusto dos Anjos, e qualifica seus substantivos como extremamente sinestésicos, criando dimensões desconhecidas para a adjetivação convencional. Manuel Bandeira destaca o uso das sinéreses como forma de representar a impossibilidade da língua, ou da matéria, para expressar os ideais do espírito. Portanto, os recursos estilísticos de Augusto dos Anjos se reconhecem como geniais.
As imagens da obra poética de Augusto dos Anjos se caracterizam pela teratologia exacerbada, por imagens de dor, horror e morte. O uso da racionalidade, e assim da ciência, seria uma forma de superar a angústia da materialidade e dos sentimentos. Mas a Ciência, que marca fortemente sua poesia, seja como valorizada ou através de termos e conceitos científicos, também lhe traz sofrimento, como nota Kopke. É marcante também a repetição de temas nessa poesia, e um sentimento de solidariedade universal, ligado à desumanização da natureza e até do próprio humano, o que reduziria todos os seres a uma só condição.
Os contrastes peculiarizam seus temas. Idealismo e materialismo, dualismo e monismo, heterogeneidade e homogeneidade, amor e dor, morte e vida, "Tudo convém para o homem ser completo", como diz o próprio poeta em Contrastes.
Curiosidades da obra literária
• Um exemplar do Eu faz parte da biblioteca da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, por causa dos termos científicos que Augusto dos Anjos utilizava em suas composições.
• "Eu e outras poesias" (disponível gratuitamente em PDF) é a reunião do livro "Eu" (publicado em vida) a outras poesias que foram acrescentadas postumamente à obra.
Academia Paraibana de Letras
É patrono da cadeira número 1 da Academia Paraibana de Letras, que teve como fundador o jurista e ensaísta José Flósculo da Nóbrega e como primeiro ocupante o seu biógrafo Humberto Nóbrega, sendo ocupada, atualmente, por José Neumanne Pinto.
Eu (Augusto dos Anjos) - obras
• Monólogo de uma Sombra
• Agonia de um Filósofo
• O Morcego
• Psicologia de um vencido
• A Idéia
• O Lázaro da Pátria
• Idealização da Humanidade Futura
• Agregado infeliz de sangue e cal
• Versos a Um Cão
• O Deus-Verme
• Debaixo Do Tamarindo
• Budismo Moderno
• As Cismas do Destino
• Sonho de um Monista
• Solitário
• Mater Originalis
• O Lupanar
• Idealismo
• Último Credo
• O Caixão Fantástico
• Solilóquio de um Visionário
• A um Carneiro Morto
• Vozes da Morte
• Insânia de um Simples
• Os Doentes
• Asa de Corvo
• Uma Noite no Cairo
• O Martírio do Artista
• Duas Estrofes
• O Mar, a Escada e o Homem
• Decadência
• Ricordanza della mia Gioventú
• A um Mascarado
• Vozes de um Túmulo
• Contrastes
• Gemidos de Arte
• Versos de Amor
• Sonetos ao pai
• Depois da Orgia
• A Árvore da Serra
• Vencido
• O Corrupião
• Noite de um Visionário
• Alucinação à Beira-Mar
• Vandalismo
• Versos Íntimos
• Vencedor
• A Ilha de Cipango
• Mater
• Poema Negro
• Eterna Mágoa
• Queixas Noturnas
• Insônia
• Barcarola
• Tristezas de um Quarto Minguante
• Mistérios de um Fósforo

Obtida de "http://pt.wikisource.org/wiki/Eu_(Augusto_dos_Anjos)"
Categorias: Textos com áudio | Pré-modernismo brasileiro | Augusto dos Anjos | 1912
• ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. EU. 1ª ed., revista e custeada pelo poeta ainda em vida com ajuda de seu irmão Odilon dos Anjos, Rio de Janeiro: [s.c.p.] 1912.
• _______. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996.
• BARROS, Eudes. A poesia de Augusto dos Anjos: uma análise de psicologia e estilo. Rio de Janeiro: Ouvidor, 1974.
• ERICKSON, Sandra S. F. A melancolia da criatividade na poesia de Augusto dos Anjos. João Pessoa: Editora Universitária, 2003.
• GULLAR, Ferreira. "Augusto dos Anjos ou vida e morte nordestina". In: ANJOS, Augusto dos. Toda a poesia; com um estudo crítico de Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
• HELENA, Lucia. A cosmo-agonia de Augusto dos Anjos. 2ª ed., Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, Biblioteca Tempo Universitário — 47; João Pessoa: Secretaria da Educação e Cultura da Paraíba/Comissão do Centenário de Augusto dos Anjos, 1984.
• NÓBREGA, Humberto. Augusto dos Anjos e sua época. João Pessoa: Edição da Universidade da Paraíba, 1962.
• _______. Augusto dos Anjos. João Pessoa: A União, 1971.
• VASCONCELOS, Montgômery. A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos. São Paulo: Annablume, 1996.
• VIANA, Chico (Pseudônimo de Francisco José Gomes Correia). O evangelho da podridão: culpa e melancolia em Augusto dos Anjos. João Pessoa: UFPB, 1994.
• _______. A sombra e a quimera: escritos sobre Augusto dos Anjos. João Pessoa: Idéia/Universitária, 2000.
Na página da USP na internet, são dadas as seguintes indicações de leitura:
• PROENÇA, Manuel Cavalcanti de. O artesanato em Augusto dos Anjos, em Augusto dos Anjos e outros ensaios. Rio de Janeiro/Brasília: Grifo/INL, 1973;
• MAGALHÃES JUNIOR, Raimundo de. Poesia e vida de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978;
• ROSENFELD, Anatol. A costela de prata de Augusto dos Anjos, em Texto e contexto. São Paulo: Perspectiva, 1973.
Referências
1. ↑ VASCONCELOS, Montgomery José de. A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos. 1ª ed., São Paulo, Annablume, Selo Universidade 28, 1996.
2. ↑ ANJOS, Augusto dos [1884-1914]. EU. 1ª ed., custeada pelo poeta e seu irmão Odilon dos Anjos, Rio de Janeiro [s.c.p.] 1914.
3. ↑ NÓBREGA, Humberto. Augusto dos Anjos e sua época. João Pessoa, Edição da Universidade da Paraíba, 1962.
4. ↑ Ensaio publicado na página http://montgomery1953.wordpress.com do pesquisador Montgômery Vasconcelos que empreende 35 anos de investigação científica em torno da poética de Augusto dos Anjos.
5. ↑ ARISTÓTELES [384-322 a.C.]. Poética. Tradução Eudoro de Souza, texto bilíngüe grego-português, São Paulo, Ars Poética, 1992.
6. ↑ Contra o MétodoFEYERABEND, Paul [1924-1994]. Contra o método: edição revista. 1ª ed., New Left Books, 1975; Ed. rev. Verso, 1988; Ed. rev., Col. Ciência, Tradução de Miguel Serras Pereira do original Against Method, Lisboa, Relógio D’água, 1993.
7. ↑ VASCONCELOS, Montgomery José de. A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos. 1ª ed., São Paulo, Annablume, Selo Universidade 28, 1996.
8. ↑ VASCONCELOS, Montgômery. Recepção e transgressão: o público de Augusto dos Anjos. Tese de doutoramento apresentada à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de pós-graduação em Comunicação e Semiótica, 2002.
9. ↑ BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich.. Problemas da poética de Dostoiévski. Tradução de Paulo Bezerra, Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1981.
10. ↑ http://fucirla.wordpress.com
Informações adicionais
Eu é o único livro de poesia de Augusto dos Anjos, publicado no Rio de Janeiro no ano de 1912.
A obra se destaca pela visão da vida, numa espécie de réplica à idealização dos temas praticados pelo Parnasianismo. Nessa obra, o autor exprime melancolia, ao mesmo tempo em que desafia os parnasianos, utilizando palavras não-poéticas como verme, cuspe, vômito, entre outras. A obra só possuiu grande vendagem após a morte do poeta. Alguns a consideram uma obra expressionista, outros vêem nela características impressionistas, sendo comumente classificada como pertencente ao pré-modernismo brasileiro. Ele também foi considerado romântico por muitos dos seus críticos brasileiros pois sua poesia parlamentarista não agradou a todos os intelectuais negligentes da época.
A outra espécie é formada dos que vêem anormalmente a natureza e a interpretam à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos de decadência; são frutos de fim de estação, bichados ao nascedoiro (...) Embora eles se dêem como novos precursores duma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranóia e com a mistificação (...) Sejamos sinceros; futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros tantos ramos da arte caricatural (...)”
Graça Aranha é o autor de Canaã, que juntamente com Os Sertões, dá início ao Pré-Modernismo brasileiro. Nessa obra Graça Aranha narra o processo de colonização alemã no Espírito Santo.
Augusto dos Anjos, como já foi visto, apresenta uma classificação problemática. Ele era conhecido como o autor do pessimismo, do mau gosto, do escarro e dos vermes.
Veja um de seus textos:
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme – este operário das ruínas –
Que o sangue podre das carnificinas
Come e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
II– EXERCÍCIOS
1) ( FU V E S T ) No romanceTriste Fim de Policarpo Quaresma, o acionalismo exaltado e delirante da personagem principal motiva seu engajamento em três diferentes projetos, que objetivam “reformar”o país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos seguintes setores da vida nacional:
a) escolar, agrícola e militar;
b) lingüístico, industrial e militar;
c) cultural, agrícola e político;
d) lingüístico, político e militar;
e) cultural, industrial e político.
R: c

2)(Mackenzie) “Adotando o modelo determinista, segundo o qual o meio determina o homem, a obra divide-se em três partes. Sua publicação foi relevante para a época: primeiramente porque foi a primeira obra brasileira a retratar um fato histórico contemporâneo com o rigor interpretativo da Ciência; em segundo lugar, porque, colocando- se nitidamente a favor dos homens da região, o autor situa o fenômeno como um problema social, decorrente do isolamento político do Nordeste em relação ao resto do país”.

Assinale a alternativa em que aparece o nome da obra a que se refere o texto acima:
a) Grande Sertão: Veredas
b) Os Sertões
c) Vidas Secas
d) Seara Vermelha
e) O sertanejo
R: c

3)(Juiz de Fora) Leia atentamente o fragmento de texto abaixo:
“E, bem pensando, mesmo na sua pureza, o que vinha a ser a Pátria? Não teria levado toda a sua vida norteado por uma ilusão, por uma idéia a menos, sem base, sem apoio, por um Deus ou uma Deusa cujo império se esvaía?”
(BARRETO, Lima.Triste Fim de Policarpo Quaresma. RJ: Ediouro, s/d, p.131)

No fragmento transcrito percebe-se:
a) o desdém de Policarpo Quaresma pela idéia de Pátria ou de nação;
b) a recusa de Policarpo em aderir à idéia de patriotismo ou defesa
do país;
c) a intransigência de Policarpo Quaresma em relação aos que
queriam vender a Pátria e os princípios;
d) a consciência de Policarpo a respeito do idealismo abstrato que
sempre o leva à ação;
e) a indecisão de Policarpo Quaresma diante da necessidade de servir
ao governo florianista.
R: d

4) (Juiz de Fora) O personagem Policarpo Quaresma, do romance de
que se transcreveu o trecho (questão anterior), é:
a) venal, sempre disposto a se vender a qualquer aceno;
b) quixotesco, buscando soluções ideais e abstratas para problemas concretos;
c) desiludido, mantendo-se indiferente a todos os acontecimentos a sua volta;
d) psicótico, levando ao extremo soluções sangrentas para qualquer problema; preocupado apenas com seus livros, suas músicas e suas danças;
e) apático.
R: b

5)(UNIP) A obra reúne uma série de artigos, iniciados com “Velha Praga”, publicados emO Estado de S. Paulo em 14-11-1914. Nestes artigos o autor insurge-se contra o extermínio das matas da Mantiqueira pela ação nefasta das queimadas, retrógrada prática agrícola perpetrada pela ignorância dos caboclos, analisa o primitivismo da vida dos caipiras do Vale do Paraíba e critica a literatura romântica que cantou liricamente esses marginais da civilização.

a) Contrastes e Confrontos (Euclides da Cunha);
b)Urupês (Monteiro Lobato);
c)Idéias de Jeca Tatu (Monteiro Lobato);
d)À Margem da História (Euclides da Cunha);
e)Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto).
R: b

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